1 - Europa
No mundo actual das grande potências emergentes apenas grandes entidades geopolíticas podem ser jogadoras à escala global.
Por esta razão e também porque consideramos a Europa, como civilização e como povo, um valor intrínseco e superior, o NOS preconiza a união política do continente Europeu de forma a que este se torne uma força geopolítica, militar, tecnológica, e económica coerente.
Esta união deverá ser realizada sob a forma de que cada etno-região, ou pátria carnal, terá o seu Estado e um total grau de autonomia, preservando a sua identidade.
Este bloco geopolítico deverá defender os interesses dos Europeus de todo o mundo, e estabelecer laços o mais fortes possíveis com os povos Europeus da diáspora, como os Afrikaner da África do Sul, os Gaúchos do Sul do Brasil, os Quebequenses do Canadá, ou os Euro-Australianos.
2 - Identidade
O multiculturalismo é uma força homogeneizante e destrutiva da rica diversidade humana que dá beleza ao mundo e que permite ao Homem viver saudavelmente ligado, integrado e enraizado numa comunidade natural.
O sentimento de pertença é algo essencial para a existência de uma sociedade unida e saudável, e está na base da dignidade humana. Sem uma comunidade, um povo, uma identidade, o Homem torna-se um ser egoísta, individualista e degenerado, afastando-se da sua natureza humana.
Por estas razões e pelo apego que temos à nossa identidade etno-cultural, que amamos e valorizamos como algo cuja existência é inegociável, o NOS defende o fim do multiculturalismo.
Como medida para preservar a nossa identidade e por fim à ideia falhada do multiculturalismo, causadora de conflitos, problemas sociais, económicos e identitários, defendemos o estabelecimento do Jus Sanguinis Europeu de pai e mãe (uma simplificação da antiga lei de Péricles), como critério essencial para a aquisição da nacionalidade Portuguesa (e Europeia). Uma data de referência será estabelecida posteriormente na definição desta lei.
O NOS defende também o fim de toda a imigração não-Europeia para Portugal e para a Europa, e facilitará a inversão dos fluxos migratórios de imigrantes não-Europeus.
3 - Social
O Capitalismo é um aspecto do Liberalismo, que faz o Homem perder os seus valores transcendentes e reduzir todo o seu interesse ao dinheiro e aos bens e prazeres materiais que este pode comprar. É graças ao Liberalismo que vivemos numa sociedade materialista, degradada, degenerada e decadente, onde tudo é relativizado e onde valores imemoriais como a Coragem, a Honra ou a Nação são vistos por muitos como taras ridículas…
Como alternativa a esta visão do mundo e sistema degenerados, o NOS defende o Social Nacional. Isto é, não um socialismo centrado no objectivo de distribuir uniformemente os bens materiais ou o dinheiro, mas baseado na ideia do serviço do indivíduo ao bem superior da comunidade nacional, numa sociedade orgânica, hierárquica e saudavelmente competitiva.
Nesta sociedade social, o bem de qualquer indivíduo nunca será colocado acima do bem colectivo, a economia estará ao serviço das pessoas e não o inverso, e não haverão oligarcas ou entidades internas adversas à Nação ou capazes de influenciar a política em função dos seus interesses egoístas.
Defendemos que os recursos naturais e as redes de infra-estruturas devem estar na posse do Estado, e que as diversas actividades económicas devem ser devidamente reguladas ou concessionadas.
4 - Educação
De há décadas a esta parte o ensino tem servido como reprodutor da ideologia dominante, dirão os teóricos marxistas. Curiosamente tal é verdade. Simplesmente o sistema escolar não tem reproduzido uma ideologia burguesa ou como se lhe queira chamar, mas essencialmente marxista. Ou seja, aqueles que historicamente têm denunciado a função são os que dela se servem.
O ensino é hoje um veículo propagador da visão de mundo perfilhada pela esquerda, nas suas diferentes dimensões. Da nefasta ideologia de género ao não menos sinistro multiculturalismo, o ensino serve os desígnios da esquerda no seu empenho destruidor. As crianças e jovens servem de matéria-prima para o projecto de construção do homem novo.
A situação é particularmente grave nas chamadas humanidades, onde disciplinas como a História, a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia funcionam como veículos transmissores de uma visão de mundo – no caso a marxista. Não se ensinam factos, mas sim a interpretação marxista dos mesmos. Faz-se doutrinação. O mesmo sucede nas línguas e literaturas. Se as ditas ciências exactas parecem mais imunes a tal situação, não podemos esquecer que mesmo estas não estiveram imunes ao contágio na URSS e países satélites. O marxismo, onde toca, contamina.
Face a tal situação exige-se um ensino isento, imparcial, no qual se ensinem as coisas como elas são, no qual se transmitam conhecimentos e valores concretos e não deturpações. Onde os alunos sejam encarados de forma séria e não como futuros elementos integrantes do contingente de “guerreiros da justiça social”. Porque essa é também a única maneira de os tratar de forma respeitosa e não utilitária.
5 - Família
A família tem sido o alvo central do ataque marxista às instituições ocidentais. Enquanto base civilizadora, enquanto elemento primário e fundamental da socialização, é nela que se joga muito do que será o futuro.
O ataque à família não é inocente. Faz parte do programa marxista desde a fundação. Engels encarava a mulher como a proletária do casal, levando assim á criação de uma fractura artificial onde ela não existia. Posteriormente, novos proletários foram sendo criados, pois essa é uma das verdades centrais do marxismo – a criação de conceitos passíveis de gerarem conflitualidade na medida em que é esta a geradora de oportunidades para a tomada de poder. Funcionando como elemento enfraquecedor do tecido social, abre caminho à dissolução do mesmo e sua substituição pelo novo mundo da utopia marxista.
Os ataques à família entroncam nesta realidade. A substituição desta por realidades artificiais, a subversão de instituições milenares e transversais a todas as sociedades, como o casamento ou a protecção das crianças, fazem parte do plano de destruição da civilização. O lançamento da confusão entre os jovens a propósito da sua condição sexual (hoje substituída pela “identidade de género”) insere-se ainda nesta estratégia. A construção de novas classes de proletários, como é o caso do movimento lgbt, é necessária à causa. Uma vez conseguido o intento a mesma pode ser dispensada. Fez o seu papel de “idiota útil” durante o tempo necessário e será tragada pelo comboio da história quando deixar de ser relevante.
Perante isto, afirmamos a necessidade da defesa da família bem como das instituições milenares que construíram e sustentam as sociedades europeias e ocidentais. Vítimas da ofensiva marxista cabe-nos defendê-las e proclamar a sua importância decisiva. Cabe-nos defendê-las enquanto insubstituíveis.
6 - Trabalho
Na actualidade, o liberal-capitalismo financeiro desenvolve um feroz ataque, de uma forma estruturada e metódica, contra o mundo do trabalho. O liberal-capitalismo procura por todos os meios manter-se como sistema hegemónico no mundo ocidental, orquestrando o condicionamento, de uma forma sistemática, a opinião pública, alicerçada numa classe politica e pelos media que são pertença dos grandes grupos económicos. Procuram criar um clima em que o nosso povo aceite - sem ousar contestar - a tomada de posições que nada mais são do que formas predatórias de actuação, apropriando-se da riqueza produzida, do nosso património material e imaterial, da nossa força laboral.
Face à ofensiva declarada do capital ao trabalho defendemos:
1) Pugnar pela extinção gradual das empresas de trabalho temporário, por as mesmas se terem convertido numa fórmula de exploração abusiva e precarização laboral.
2) Fomentar a participação dos trabalhadores na gestão empresarial com vista à transformação na relação entre a empresa e os trabalhadores, para que estes tenham voz activa no processo de tomada de decisões no seio da empresa através de comités criados para o efeito.
3) Estabelecimento de um salário social para os desempregados de longa duração - salário mínimo que permita viver com um mínimo de dignidade e cobrir as necessidades básicas.
4) Redução de um terço da jornada laboral para o trabalhador que tenha a seu cargo um menor de um ano.
5) Redução de um terço da jornada laboral para um terço com direito a metade da sua retribuição salarial para o trabalhador que tenha seu cargo menores de 6 anos.