sexta-feira, 25 de agosto de 2017



Entrevista aos nossos amigos polacos da Terceira Via, agora em português.
Q: Saudações camaradas polacos! Estamos contentes por estabelecer ligações com os nacionalistas da Polónia, pois a cooperação entre todos nós no Mundo Europeu é essencial para o sucesso, e um resultado natural da nossa identidade etno-civilizacional comum. Esperamos com esta entrevista informar os nacionalistas portugueses (e outros) sobre a situação na Polónia e aprender com o movimento nacionalista no vosso país. Comecemos então com uma pequena introdução à Terceira Via (Trzecia Droga), as vossas ideias, história e objectivos. Falem-nos do vosso movimento por favor. Falem-nos também sobre os vossos planos a longo-prazo e a possibilidade de criar um partido político.
Saudações irmãos! A nossa organização estabeleceu-se há quatro anos atrás. No início éramos um grupo de jovens nacionalistas, que estavam cansados dos nossos líderes desajeitados e imprudentes. Estávamos contra a lentidão geral na nossa comunidade. Queríamos criar um grupo de um tipo totalmente diferente. Sem a estrutura rígida, e padrões tradicionais. Um grupo que não repetisse os mesmos erros sempre. Sem covardes e oportunistas. Todos fizémos grandes sacrifícios pela nossa ideologia, démos tudo pela Terra que nos alimentou e educou. Então não tínhamos apenas uma coisa na altura: um certo centro pelo qual fazer a nossa voz ser ouvida no mundo inteiro!
E fizémo-lo! Hoje podemos dizer que a Terceira Via se tornou uma parte importante da comunidade nacionalista polaca. Somos uma família, onde os laços ‘organizacionais’ estão misturados com os pessoais e privados. Trabalhamos em muitas bases diferentes. Organizamos demonstrações, protestos, acções directas, mas também (ou talvez deva dizer: “acima de tudo”) palestras, encontros e conferências. Temos o portal http://3droga.pl/



também. Agora este é um local onde toda a gente pode encontrar material bom e interessante, não apenas da Polónia. Todas estas coisas de que falo não foram feitas por falsa fama. Tudo o que fazemos é pelo nosso povo e pela nossa Causa. Não existe agora, nem nunca existirá, outro propósito para nós. O nosso nacionalismo é uma ideologia sem cedências, fanatismo e amizade sem oportunismo, esta é uma revolução do pensamento e do activismo. Simplesmente:

Terceira Posição!
Os nossos planos? Queremos desenvolver projectos nos quais estamos envolvidos neste momento. Queremos fazê-lo enquanto tivermos tempo e poder. O que posso dizer agora: planeamos publicar o nosso próprio jornal. Provavelmente no inverno. Terá uma forte mensagem radical. Respondendo à vossa pergunta sobre o partido político: para ser sincero, nunca pensámos nisso. A nossa revolução certamente não será feita por eleições democráticas. O parlamento polaco, um verdadeiro bordel, não é um lugar para os nossos ativistas. Preferimos mantermo-nos fora, respirar livremente, e esperar o nosso momento!
Q: A Polónia é um país muito conservador e tradicionalista, tal como a Hungria, no entanto, ao contrário da última, não tem nenhum movimento nacionalista genuíno representado no parlamento. Dado o aparente solo fértil para o nacionalismo no vosso país, o que pensam que retardou a ascensão de um partido nacionalista genuíno ao parlamento?
Em primeiro lugar devem compreender que a Polónia é de facto um país muito complicado. História difícil, anexação, duas guerras mundiais, e quase meio século sob ocupação comunista. Isto deixou uma espécie de estigma em nós e nos nossos compatriotas. Ainda existe uma grande divisão política e social na nossa sociedade. Muitas falhas nacionais existem ainda nos dias de hoje. A sua erradicação vai demorar muitos anos. Então, se a sociedade polaca parece ser conservadora comparada com a Ocidental, não significa que esteja em boa condição. Também afecta os nacionalistas polacos, claro. Como comunidade, fizemos muitos erros imperdoáveis. É difícil dizer quanto tempo perdemos em iniciativas sem valor e em ainda menos valorosas pessoas. Somos responsáveis pela situação presente no nosso país. Mas tenho que admitir, que hoje em dia, como comunidade, começámos a tirar conclusões, e talvez venham a haver algumas iniciativas no campo que referiste. Não é coisa que esteja fora de questão.
Q: O partido Lei e Justiça é populista e semi-nacionalista. Está agora bem estabelecido no poder e as sondagens indicam que tem uma base de apoio estável da população. A ascensão deste partido foi benéfica para os nacionalistas polacos? Talvez trazendo a opinião geral mais para a direita?
Sim é verdade. Todas as sondagens recentes mostram que o apoio ao Lei e Justiça se mantém alto e constante. É importante dizer que as eleições parlamentares da Polónia de 2015 foram muito excepcionais. No nosso parlamento não existe nenhum partido de esquerda agora. E depois? No nosso país os partidos políticos não têm posições próprias. Não existe diferença real entre ‘Esquerda’ e ‘Direita’. Os políticos mudam as suas preferências dependendo de quem lhes dá dinheiro. Eles são uma espécie de prostituta que trabalha para quem lhes dá mais. Alemanha, UE, EUA, Israel - posso falar de muitos muitos centros estrangeiros que tratam a Polónia como a sua colónia. Pior, eles encontram seguidores e apoiantes que estão agora em ambos os lados da barricada política. O mesmo se passa com o governo actual. Pode haver mais conversa sobre história e patriotismo no país, mas isto não é nada comparado a todas estas mudanças negativas. Somos contra o Lei e Justiça, nada mudou para nós.
Q: A Polónia tal como Portugal, tem uma taxa de natalidade extremamente baixa. Este é um dos maiores problemas e desafios que todas as nações Europeias/Ocidentais encaram. Têm alguma ideia de como resolver este problema? Que medidas tomariam para o resolver se se tornassem governo na Polónia?
Este é um assunto muito difícil. Pergunto-me se seremos realmente capazes de resolver o problema com novas leis e regulamentos. Claro, podemos falar de concessões especiais nos impostos, transporte público gratuito, descontos na saúde e medicamentos, benefícios sociais, etc. Mas é esta a solução, a sério? Afinal de contas, a nossa segurança social é tão extensa que é capaz de alimentar não só os polacos como também milhares de imigrantes nómadas. Portanto este problema deve ser muito mais complexo. Na nossa opinião, isto tem a ver com o nosso estilo de vida. A Europa está a morrer, porque a Civilização do Ocidente está a cair agora. Afastamo-nos dos princípios e tradições dos nossos pais. Corrompemos a ordem natural. Mudamos os papéis eternos. Qual é a nossa resposta? É a Revolução do Espírito. Em todo o continente, onde a nossa ideologia vive. Quando ser Europeu significar algo importante novamente, então as patologias como a baixa natalidade começarão a desaparecer. Tudo vai voltar ao seu lugar.
Q: Quais são as posições políticas e as opiniões do polaco médio relativamente ao multiculturalismo, nacionalismo, realismo racial, e anti-Liberalismo?
Actualmente, o polaco médio é uma pessoa focada principalmente na sua própria sobrevivência. Não tenho a certeza se esses termos lhe importam. Os polacos são tradicionalmente hospitaleiros para os seus convidados. Até temos um provérbio: “Convidado em casa, Deus em casa”. No entanto achamos que o convidado se deve comportar bem. Caso contrário, a nossa atitude muda rapidamente. Isto confirmou-se com as sondagens recentes sobre os refugiados. Os polacos parecem estar contra o multiculturalismo. A Raça é uma parte importante da nossa identidade. No que diz respeito ao “nacionalismo”, é usualmente associado negativamente devido à propaganda comunista. Não nos interessa. Não podemos agradar a todos. É impossível.
Q: A Polónia e a Ucrânia seriam o eixo central do idealizado projecto do Intermarium (uma possível futura entidade geopolítica na Europa de leste capaz de assegurar a existência da identidade Europeia e talvez um dia servir como plataforma para recuperar todo o Mundo Europeu). Têm alguma relação com os nacionalistas ucranianos? Como vêem o futuro deste projecto e como estão a planear concretizá-lo a longo-prazo?
O projecto do “Intermarium” é bem conhecido entre nós. Este conceito era muito popular entre os nacionalistas polacos, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial. Hoje é também uma das nossas ideias relativamente à política externa. Nós desenvolvêmo-la e organizamos a nossa cooperação com outros grupos nacionalistas na Europa, de acordo com ela. Por outro lado, não acreditamos que se possa tornar realidade. Demasiados processos internacionais estão a acontecer à frente dos nossos olhos agora, muitos detalhes são-nos ainda desconhecidos, e a situação pode rapidamente mudar de forma inesperada para nós.
No que diz respeito às nossas relações com os nacionalistas ucranianos, é um assunto muito difícil para nós. A Terceira Via diz que toda a nação tem todo o direito à Liberdade e Independência. Nunca foi assunto de discussão e não há excepções a esta regra. Somos contra as ações do estado ucraniano, que é um típico exemplo de um sistema oligárquico e corrupto. Somos também contra as ações da Rússia de Putin que não pode de todo ser considerada um aliado do nacionalismo Europeu. Temos contactos com os nacionalistas ucranianos. Mas não a nível organizacional. Enquanto houver guerra, e os nacionalistas ucranianos não se definirem política e ideologicamente o suficiente, nada mudará a este respeito.
Q: Acham que a União Europeia se poderia transformar a longo-prazo numa entidade nacionalista e pró-Europeia com a ajuda do bloco do Intermarium dentro dela, ou deveria dissolver-se completamente?
Reformas e meias medidas são boas para democratas e liberais. Não para os nacionalistas. Podem-se mesmo reformar organizações que foram estabelecidas com o objectivo de destruir as Nações Europeias? Achamos que isto é impossível. Para nós: A UE é o inimigo número um do nacionalismo. Não podemos chegar à vitória sem a sua destruição. Mas não somos contra uma forma institucionalizada de cooperação entre Nações Europeias. Mas tem de ter o modelo certo e fundações ideológicas concretas, com profundo respeito pela soberania, tradições, e princípios de cada nação.
Q: Dada a forma como a situação actual está a evoluir na parte Ocidental da nossa civilização, desde os EUA à Alemanha, enquanto que os países da Europa de leste parecem ser os únicos que mantêm o mínimo de racionalidade e sensibilidade, estariam dispostos a aceitar-nos como refugiados no futuro? *risos* Dizemos isto de forma semi-séria, mas pela aparência da situação, pode muito bem chegar a esse ponto no futuro a longo-prazo...
<Risos> Quem sabe como se desenvolverá a situação? Talvez no futuro próximo sejamos forçados a enfrentar novas situações e condições como estas. Sem dúvida, a nossa luta é algo que vai além de fronteiras agora. Temos os mesmos inimigos, então podemos assegurar-te que todos os que estejam dispostos a lutar contra eles, serão bem-vindos aqui.
Q: Finalmente gostávamos de vos perguntar, como movimento mais experiente que agora está a progredir bastante, que erros devemos evitar, e quais devem ser as nossas maiores prioridades.
Obrigado por essas palavras generosas. Estamos muito contentes por estabelecer contacto entre os nossos grupos. Esperamos que esta entrevista seja o ínicio de uma frutífera cooperação entre nós. A nossa mensagem para vocês é uma e permanente. Nunca desistam! Confiem em vocês! Não olhem para o grupo dos outros. Não se envolvam em disputas estúpidas e ações sem sentido. Façam o que têm que fazer. Segurem-se à nossa ideologia! Este é o nosso maior tesouro e a única arma na luta contra o sistema. Nós temos características que os nossos inimigos não têm. Persistência, Fé, Fanatismo. Lembrem-se disto, e rapidamente chegará o dia em que as Nações europeias ressurgirão.
Acreditamos que somos capazes de construir uma verdadeira alternativa nacionalista à escala continental. Juntos: somos mais fortes! Temos de ir na mesma direcção, e assim a vitória será nossa! Saudações aos activistas do NOS! Viva o nacionalismo! Lutemos até à vitória!

Trzecia Droga (Terceira Via).

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